Premios literários: o que os críticos e escritores pensam deles

Ana Lúcia Vasconcelos


Premios literários: o que os críticos e escritores pensam deles

 

 Todos os anos entidades particulares ou públicas de diferentes estados do Brasil dedicam uma parte da sua programação para um capítulo importante da sua história: realizar e divulgar os melhores em várias categorias literárias, premiando autores já consagrados, revelando novos. Mas num país de milhões de analfabetos, literalmente à margem da vida, um prêmio significa a glória para um escritor? A partir de um prêmio podese dizer que um poeta, ou ficcionista estreante sai das sombras do anonimato para as luzes fulgurantes do domínio público? Ou o premiado ilustre terá que se conformar com um público restrito de iniciados em literatura, aquele que lê, seja o autor premiado ou não?

Matéria controvertida, sobre prêmios literários os críticos se dividem, colocando em dúvida a seriedade de alguns, demolindo outros. Alguns mais radicais como é o caso de Léo Gilson Ribeiro (19282007), crítico de literatura e autor de diversos livros, ele mesmo premiado algumas vezes admite um certo desânimo por prêmios em geral. “Infelizmente minha longa atividade neste setor não me tem dado nenhuma revelação. No Brasil temos três grandes escritores não suficientemente divulgados que são: Hilda Hilst (19302004), Ricardo Guilherme Dicke (19362008) de Cuiabá que escreveu um livro maravilhoso chamado Deus de Caim, além de outros como o João Gilberto Noll (19462917), gaúcho que escreveu a Fúria do Corpo e uma série de contos intitulado O Cego e a Dançarina e quem aliás, eu descobri, e foi o ganhador do prêmio Revelação de Autor pela APCA (Associação de Críticos de Arte) anos atrás. Digamos que o prêmio ajudou o João Gilberto ele realmente deslanchou, e por causa disso frequenta um Centro de Ficção nos Estados Unidos.” (Lembrar que essa matéria foi escrita na década de 1980).

Léo acreditava que haja outros escritores importantes escrevendo hoje no Brasil e lembra ainda de uma escritora fabulosa chamada Eugênia Sereno (19131981). que escreveu um único livro Pássaros da Escuridão, editado pela José Olympio Editora que morreu precocemente. “Evidente que há muita gente escrevendo literatura, mas tudo isso não está coordenado. O Brasil hoje é uma série de arquipélagos. Sai uma obra na Paraíba e por causa dessa falta de comunicação, nós aqui do eixo Rio São Paulo só vamos ficar sabendo na quinta geração. Quer dizer, não há uma troca de livros, de informação. O Márcio de Souza por exemplo com sua temática da Amazonia deu certo, mas é muito raro um autor ultrapassar o eixo Rio São Paulo que ficou pior que o eixo Alemanha JapãoItália na Segunda Guerra Mundial.”

Léo Gilson Ribeiro acredita e critica essa postura que os cariocas e paulistas não dão importância a outros autores a não ser os já consagrados. É preciso que o livro saia daqui. “Ou seja, ainda não saímos do conceito colonial da Côrte para o novo centro pujante. É triste, mas é a realidade. Temos exceções lógico, como o poeta Carlos Nejar que é de Porto Alegre. A Hilda Hilst mesmo é um pouco vítima desta situação, apesar de estar tão próxima ali em Campinas, portanto São Paulo.”

 

Os prêmios do eixo Rio São Paulo

 

Os críticos paulistanos elegeram como os seis melhores concursos e respectivos prêmios: Prêmio Nacional do Instituto Nacional do Livro, Prêmio da Associação de Críticos de Arte (APCA), o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, o da Bienal Nestlé, o Walmap extinto em 1975, mas importante enquanto durou, e um recente que começa a ficar importante segundo a crítica literária Nelly Novaes Coelho o Prêmio do Instituto Goethe do Rio de Janeiro.

O Prêmio Nacional do Instituto Nacional do Livro ou Nacional BookAward, (INL) foi criado em 1937, na época órgão do Ministério da Educação e Cultura (por meio do decretolei n. 93, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas) desempenhou um papel importante na política nacional das bibliotecas e dos livros no Brasil. Foi o primeiro de uma série que, mantém até hoje, em várias categorias para obras literárias: o Prêmio Machado de Assis no valor de cem mil cruzeiros ( época) que foi conferido ao escritor João Guimarães Rosa (19081967) por seu romance Grande Sertão Veredas. No ano seguinte, portanto em 1938, já havia mais duas categorias: o Edgar Cavalheiro para ensaio e erudição, o Arthur Azevedo para conto e o Alphonsus de Guimarães para poesia com dotação de cem mil para cada um. Naquele ano o prêmio de ensaio coube ao historiador e ensaista Sergio Buarque de Holanda e o de poesia à Marly de Oliveira. O Prêmio de Contos foi dividido entre Autran Dourado e Moreira Campos.

Em 1959 surgiram novas categorias e os premiados foram: Jorge Amado, Lygia Fagundes Telles, Paulo Mendes Campos, Raquel de Queiroz, Jorge de Andrade. Em 1967 o INL já contava com as categorias: romance, poesia e estudos brasileiros nos anos ímpares e obras de História do Brasil, conto e novela, ensaios literários e linguísticos nos anos pares. A esta altura os prêmios valiam cinco mil cruzeiros novos para as obras editadas e dois mil cruzeiros para as inéditas além da aquisição pelo INL de mil exemplares de ambas as categorias.

Em 1971 o Prêmio Nacional de Poesia alcançou o valor de 30 mil cruzeiros novos sendo considerado o maior prêmio literário brasileiro e três anos depois uma nova categoria foi incorporada: literatura infantil. Em 1982 o INL premiou os poetas Ivan Junqueira pelo livro A Rainha Arcaica e Claudio Murilo Leal por Caderno de Proust. Na categoria conto dois autores foram premiados: João Gilberto Noll com O Cego e a Dançarina e Haroldo Maranhão com Peles Frias. Em 1985 o INL passou a ser vinculado ao Ministério da Cultura.

Várias artes

 

Conhecido do grande público por premiar várias artes o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) nasceu da Associação Paulista de Críticos de Teatro em 1972 por iniciativa do jornalista e crítico de teatro João Apolinário (19241988), expandiuse e tornouse uma entidade catalizadora das diversas artes. Assim, ao teatro e à música erudita foram acrescentados o cinema, a música popular, artes plásticas, literatura, dança e televisão. Em 1979 foi incorporada literatura infantil e finalmente em 1980 e 1981 radio e teatro infantil passaram a fazer parte do conjunto de artes que a APCA premia todos os anos. Para fazer um balanço das suas atividades, a entidade publicou um catálogo Os Melhores de São Paulo 19661988 onde se pode encontrar todos os premiados desse período. O catálogo foi editado pelo crítico e jornalista Henrique L. Alves que foi presidente da APCA no período de 1969 a 1983.

Já a Bienal Nestlé foi lançada em 1984 e segundo o escritor Ricardo Ramos (19291992), presidente das duas primeiras e coordenador da terceira edição realizada de 7 a 11 de junho de 1986, este prêmio em três rodadas sucessivas, revelou e criou autores importantes. Ricardo destacou que na categoria conto que é a que mais o interessa, o lançamento de um autor da importância de Aldir Garcia Shlle e a confirmação de escritores como Renato Perez e Renato Modernal e a verdadeira consagração que teve em dois prêmios o excelente contista Hélio Pólvora.

“O que acontece neste gênero, diz Ricardo Ramos, sem dúvida se repetiu com o romance e a poesia e mais recentemente com a literatura infantojuvenil. Os prêmios visam exatamente isso: revelar, incentivar, promover autores. A medida em que isso é feito está na razão direta do mercado ledor, o que convenhamos, no nosso caso, é extremamente restrito. Daí termos que olhar qualquer prêmio como uma iniciativa a ser tomada em princípio. No caso da Bienal Nestlé ela está extremamente cuidadosa e bem orientada. Os seus resultados, no entanto, não podem ser tomados em termos de ressonância, pelo menos isoladamente, mas sempre numa linha cumulativa, como um esforço voltado para uma área onde tão pouco é feito. Dizer que algum autor foi consagrado em termos nacionais? O razoável seria esperar que essas promoções se multiplicassem e que tivessem afinal um clima favorável a literatura.

De qualquer forma Ricardo Ramos conclui que considerandose que o Brasil com um milhão de analfabetos onde se luta ainda pelo básico, pela sobrevivência é querer muito esperar que as pessoas comprem livros. A saída seria o mercado internacional, mas ele pergunta qual foi o brasileiro que estourou no exterior? “Jorge Amado é traduzido em dezenas de idiomas, mas não se pode dizer que tenha estourado lá fora. Como aliás, nenhum outro autor brasileiro.”

Outro prêmio importante na opinião dos críticos é o Jabuti instituído em 1959 em São Paulo pela Câmara Brasileira do Livro, entidade que congrega autores e livreiros e que tem por objetivo promover a divulgação e ampliação do mercado editorial e a realização de eventos na área. A cada ano o Jabuti introduz modificações no seu regulamento e sistema de julgamento. “Recentemente”, diz a crítica e escritora Nelly Novaes Coelho, “em lugar de uma comissão julgadora, a Cãmara resolveu escolher um número bastante significativo de profissionais da área de literatura professores, críticos, jornalistas, intelectuais conhecidos que são consultados por carta, para indicarem em cada categoria, uma dezena de obras merecedoras de prêmios. Os resultados são levantados pela Câmara até chegar a um elenco de cinco finalistas que são reenviadas aos votantes para estabelecerem a classificação final. Desta saem os premiados. Nelly acredita que este seja um processo democrático e justo onde a margem de favoritismo é reduzida ao mínimo. “Principalmente porque os votantes ignoram quem são os demais.

Na mesma linha de avaliação há outros prêmios criados recentemente (lembrar que esta matéria foi escrita na década de 80) mas que começam a ficar importantes no cenário literário brasileiro. São eles o Pedro Nava e o Goethe. O Prêmio Goethe para romance publicado foi instituído em 1981 pelo Instituto Goethe do Rio de Janeiro. A primeira premiação deu empate entre Autran Dourado com o livro As Imaginações Pecaminosas e Antônio Callado com o livro Sempre Viva, e no segundo, o vencedor foi Rubem Fonseca com A Grande Arte que aliás, empatou com a escritora Nélida Pinõn (por um voto). O prêmio é altamente estimulante os vencedores ganham uma viagem para a Alemanha com estadia e honras de escritor convidado. Os premiados viajam por todo o país, visitando entidades culturais, fazendo palestras, divulgando enfim a literatura brasileira.

O Prêmio Livro do Ano do Museu de Literatura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo foi instituído em 1983 pelo escritor Ricardo Ramos que teve seu primeiro ganhador o romance de Pedro Nava (19031984) O Cirio Perfeito. Quando Nava morreu tragicamente o prêmio passou a ter seu nome: Prêmio Pedro Nava. Importante lembrar ainda o Prêmio Nacional Walmap lançado no Rio de Janeiro em 1964 pelo Banco Nacional de Minas Gerais por iniciativa de José Lins de Magalhães em homenagem ao seu tio Waldemar Magalhães, fundador e primeiro diretor do referido banco. O Walmap durou até 1975 e lançou muito nomes que hoje integram os quadros da literatura brasileira como Assis Brasil, Osvaldo França Junior, Sérgio Viotti, Maria Alice Barroso, Carlos Drummond de Andrade, Ledo Ivo e outros.

“O que acontece com o Walmap,” lembra Nelly Novaes Coelho, “é que ele se impôs como prêmio de categoria e incentivou dezenas de escritores a escreverem e participarem. Ganhando ou não, o prêmio, a verdade é que os livros foram escritos e acabaram enriquecendo a nossa produção editorial. Até seria curioso um levantamento dos originais que nasceram provocados pelo Walmap. Aliás, aí temos um exemplo que deveria ser seguido ou retomado. São Paulo tem dinheiro suficiente para se lançar numa empresa que tanto beneficiaria a cultura brasileira.

O outro lado

 Quanto à importância dos prêmios, os escritores divergem. A poeta, dramaturga e ficcionista Hilda Hilst autora de vasta obra nos três gêneros, premiada ao longo de sua carreira até aquele momento com o Pen Club, O Prêmio Anchieta, o Prêmio da APCA Melhor Livro com Ficções (prosa) e o Jabuti com Cantares de Perdas e Predileção (poesia) é cética. Acredita que se prêmio resolvesse alguma coisa, ela teria pelo menos um editor para suas obras. “Só receber o Prêmio da APCA por exemplo deveria dar fama a um escritor. O Anchieta poderia significar a edição do meu teatro. Mas nada disso aconteceu comigo. Nunca tive a chancela de uma editora. Só agora recentemente recebi um convite do Caio Graco da Brasiliense. “Mas em compensação a autora lembra que há uma parte da crítica que a consagra é o Léo Gilson Ribeiro que gosta muito do meu trabalho, a Nelly Novaes Coelho e o falecido crítico alemão radicado no Brasil durante anos, já Anatol Rosenfeld (19121973), um dos primeiros a considerar meu trabalho importante.”

 Já Hélio Pólvora (19282015), escritor baiano, quinze livros publicados, considera que no seu caso os prêmios ajudaram. Mas concorda, que em geral no Brasil, os autores lutam com dificuldade sendo a mais premente a de terem suas obras editadas. Ele escreveu dentre outros O Grito da Perdiz (1982), Mar de Azov (1986), Estranhos e Assustados e Os Galos da Aurora. Em sua opinião concursos não existem apenas para revelar novos autores, mas para estimular os veteranos. Hélio passou grande parte de sua vida 35 anos trabalhando como jornalista, no Rio de Janeiro. Só no Jornal do Brasil ficou de nove a dez anos como crítico literário. Além disso escreveu para quase todos os jornais cariocas. Atualmente mora em Itabuna onde escreve para um jornal literário intitulado Cacau / Letras e cuida de uma pequena fazenda. Em 1966 ganhou o Prêmio da Fundação Castro Maya com Estranhos e Assustados e o Prêmio Jornal do Comércio com Os Galos da Aurora. Considera os prêmios uma maneira de aproximação de autores com o público: eles tornam o escritor conhecido. “Os prêmios têm a virtude de chamar a atenção para o autor, mas afinal é o leitor quem julga se ele é bom. A verdadeira consagração não vem do prêmio, mas do público leitor.”

 Na mesma linha de Pólvora, Stella Leonardos (19232019), 66 anos, 3o Prêmio de Poesia da Bienal Nestlé de 1986 entre dezenas de outros, autora de livros de teatro, literatura infantil, traduções e ensaios, carioca com ascendência grega, considera prêmios em geral um estímulo para o escritor, especialmente o jovem estreante, que afinal pode ver sua obra divulgada e principalmente editada. “Os prêmios estimulam muito pessoas e decepcionam outras. É preciso ter humildade para saber perder e não esquecer que não que é o escritor, mas sua obra que concorre. “Stela acredita que não é só o talento, mas outros fatores podem levar uma obra ser premiada: sorte, temas abordados, terem contemporaneidade, o enfoque e sua contribuição para a melhoria social do povo.

Da mesma forma a ensaista e escritora Bela Josef (19262010), professora de Literatura LatinoAmericana na Universidade Federal do Rio de Janeiro, com trinta anos de carreira, participando de congressos na Europa e América Latina onde divulga especialmente a literatura brasileira feita por mulheres, acredita que prêmio estimula, abre caminho, da segurança ao trabalho especialmente os jovens escritores que tem dúvida sobre onde publicar. Bela Josef escreveu cerca de 460 artigos, é doutora em Letras e publicou entre outros: A Máscara e o Enigma, História da Literatura Hispano Americana, O Espaço Reconquistado, Romanceiro HispanoAmericano.

Possibilidade de ser

publicado

 

Prêmio é bom para quem ganha, mas prêmio literário não significa uma carreira frutuosa. Na maioria das vezes tem sido uma forma do escritor começar a construir alguma coisa para chegar um dia à condição de ser editado. Eles revelam autores e num país como o nosso existe uma carência de suplementos literários, de espaços para a literatura dentro das revistas e prêmio acaba representando bem ou mal uma possibilidade para o autor ser publicado. Ele não resolve muito, mas de certa forma atenua essa problemática brasileira, preenchendo este vazio. “Esta é a opinião de João Antônio (19371996), 52 anos, autor do conhecido Malagueta Perus e Bacanaço, Jogo Duro, Leão de Chácara, Menino do Caixote, contista, publicitário e jornalista que tem no seu curriculum dezenas de prêmios: APCA, UBE, Alvorada. Prefeitura Cidade de São Paulo, Paraná de Contos, Fundação Cultural do Distrito Federal, Prêmio Nacional Cidade Belo Horizonte.

Já para o pernambucano Marcus Acioly (19432017), 46, várias vezes premiado: Fernando Chinaglia, Academia Brasileira de Letras, APCA Melhor Livro de 1984 com Narciso, prêmio tem duas vantagens: a primeira é a de ordem econômica e a segunda a publicação da obra e sua consequente divulgação. Acioly reconhece que o sistema de prêmio literário é ainda muito precário já que considera difícil a avaliação correta pelos críticos. “Impossível diante de três mil exemplares que se pratique uma justiça exata. O escritor profissional corre o risco de tirar uma menção honrosa enquanto um novo autor pode ser premiado.” Mas não é tão otimista a ponto de acreditar que prêmios consagrem autores. Considera que seja uma espécie de reconhecimento, mas infelizmente conclui: “o escritor não procura apenas ser reconhecido, ele quer ser lido. Acioly escreveu Nordestinado, Sisifo, Ixion, Curistão, P/Bara (TI), Nação História da RéPublica e leciona literatura na Universidade de Pernambuco.

 

Os mais importantes

 prêmios literários do Brasil hoje

 

Atualmente existem no Brasil alguns prêmios que se destacam – Jabuti, Oceanos, Prêmio SESC e Fundação Biblioteca Nacional. Dentre os prêmios mais importantes, o Jabuti é o tradicional, tendo sua primeira edição em 1959. Realizado pela Câmara Brasileira do Livro, ganhou categorias novas recentemente. Na edição de 2017, a CBL incluiu histórias em quadrinhos e livros brasileiros publicados no exterior. Outro que se destaca dentre os mais famosos é o Oceanos, patrocinado pelo Itaú Cultural – que antigamente era conhecido como Prêmio Portugal Telecom de Literatura e teve seu nome alterado em 2015, mas premia apenas poesia, prosa e crônicas em língua portuguesa “Mais uma premiação que atravessa os mares e une os países falantes da língua portuguesa. Um ponto interessante sobre o Oceanos é que ela se aproveita do momento da inscrição dos autores, para criar uma espécie de mapeamento literário da língua portuguesa. O Prêmio Oceanos é um projeto apadrinhado pelo Itaú Cultural e premiação com valor total de R$ 250 mil, sendo R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro.”

O Prêmio Camões da Literatura é um dos querompe as fronteiras geográficas e aproxima as nações que falam o português. Considerada a premiação mais importante da língua portuguesa, o Prêmio Camões foi criado em 1988 sendo seu principal objetivo premiar um autor por todo seu trabalho, ou pelo conjunto da sua obra. O Prêmio Camões foi um acordo entre Brasil e Portugal, mas agracia todos os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP.
Entre os vencedores do Camões estão: Chico Buarque (Brasil), Mia Couto (Moçambique), Germano Almeida (Cabo Verde), Ferreira Gullar (Brasil), Luandino Vieira (Angola), Agustina BessaLuís (Portugal), José Saramago (Portugal) e tantos outros

O Prêmio SESC de Literatura, promovido pelo Serviço Social do Comércio, contempla anualmente autores brasileiros ou estrangeiros, residentes no Brasil, enquanto o Prêmio Fundação Biblioteca Nacional homenageia tradutores e projetistas gráficos brasileiros também. O Instituto Nacional do Livro (INL) foi criado em 1937 por meio do decretolei n. 93, durante o Estado Novo de Getúlio Vargas como já foi dito. Esse órgão desempenhou um papel importante na política nacional das bibliotecas e dos livros no Brasil. Vale mencionar que, a partir de março de 1970, o INL passou a operar sob o regime de coedição com as editoras brasileiras, visando controlar a qualidade das obras, sua distribuição e comercialização12.São nove categorias no total: poesia, romance, conto, ensaio social, ensaio literário, tradução, projeto gráfico, literatura infantil e literatura juvenil.

Há ainda o Prêmio São Paulo de Literaturacriado em 2008, pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo (hoje, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo), com o intuito de estimular a produção e a divulgação literária brasileira com foco exclusivo no gênero romance, premiando autores e obras que se destacam pela qualidade e contribuição à literatura. A premiação anual contempla obras editadas e comercializadas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior, quem escolhe os livros participantes é um Conselho Curador, responsável, também, pela escolha do júri sendo que tem duas categorias: Melhor Romance de Ficção e Melhor Romance de Ficção de Estreia; O Prêmio Cátedra (ou Selo Distinção Cátedra UNESCO de Leitura) que premia literatura infantojuvenil foi criado na PUC/ Rio. As obras infantis e juvenis são selecionadas por um corpo de jurados especialistas e são avaliados os seus aspectos literários, visuais e gráficos. O Cátedra se divide em três categorias: Distinção, Hors Concours e Seleção.

 

Leia mais sobre em:

Léo Gilson Ribeiro – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Biografia de Hilda Hilst eBiografia

João Gilberto Noll – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Ricardo Guilherme Dicke – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Eugênia Sereno – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

João Apolinário – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Ricardo Ramos – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Nelly Novaes Coelho – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Anatol Rosenfeld – Wikipédia, a enciclopédia livre

https://pt.wikipedia.org/wiki/Hilda_Hilst

Pedro Nava – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Hélio Pólvora – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Stella Leonardos da Silva Lima Cabassa – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Bella Jozef – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

João Antônio (escritor) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Marcus Accioly – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

https://www.tribunadeituverava.com.br/conhecaosprincipaispremiosliterariosexistentesnobrasil/

 

 

 

 

 

 

 

 

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Ana Lúcia Vasconcelos
Atriz, jornalista, escritora é licenciada em Ciências Políticas e Sociais pela PUC de Campinas, Mestre em Filosofia da Educação, pela Unicamp.
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